Apresentada em público pela primeira vez em 31 de dezembro de 1916, a BANDA FILARMÓNICA DA MAMARROSA chamou-se nessa altura BANDA ESCOLAR, por ser constituída pelos alunos da Escola Primária onde lecionava o seu Maestro fundador, JAYME DE OLIVEIRA PINTO DE SOUSA.
Após a morte do seu Maestro fundador, ocorrida em 1940, passou a Banda a ser dirigida sucessivamente pelos seus filhos JOSÉ, ANTÓNIO e ORLANDO, até que, por meados da década de 70, culminando um processo lento de degradação provocada pela falta de uma escola de música e consequente falta de renovação dos seus efetivos bem assim como pela diminuição drástica de convites às bandas para realização de concertos dignos desse nome, fenómeno a que as Bandas não souberam, então reagir positivamente, pelo que a Banda haveria de conhecer um período menos bom da sua existência, consequência daquelas vicissitudes.
Em boa hora, porém, um grupo de Mamarrosenses, alarmados com o rumo que as coisas estavam a tomar e receando o pior para a sua já sexagenária Banda, fundam em 1978, a Associação Beneficente, Cultura e Recreio da Mamarrosa com o objetivo primeiro de a revitalizar dando-lhe uma nova orientação e procurando imprimir-lhe uma nova dinâmica. É então que, pela mão de dois músicos, Álvaro Ferreira e Armando Vida, mas principalmente o primeiro – pessoa de imensa generosidade, inexcedível amor à sua Banda e à sua terra dotada de infinita paciência, começam a entrar para a Banda dezenas de jovens e crianças inoculando o sangue novo indispensável à sua desejada revitalização.
A Banda Filarmónica da Mamarrosa, possui uma Escola de Música que assegura assim a continuidade da sua própria existência, pelo lançamento constante de novos músicos nas suas fileiras.
Após conhecer várias regências, a BANDA FILARMÓNICA DA MAMARROSA chega aos dias de hoje sob a batuta do Maestro ABÍLIO LIBERAL, pessoa dotada de formação académica na área musical e profundo conhecedor da Vida Filarmónica.
Com os seus 100 anos de existência, a Banda Filarmónica sempre soube representar com dignidade o nome da sua vila (MAMARROSA), concelho (OLIVEIRA DO BAIRRO) e País (PORTUGAL) uma vez que já se internacionalizou. Nas últimas épocas foram tantas as solicitações para atuar no Norte e Centro do País, com especial incidência nesses verdadeiros Santuários que são o Minho e Trás-os-Montes, que por vezes não pode responder afirmativamente a todas as solicitações, por preenchimento de calendário.